Torre Almirante: O Edifício Mal-Assombrado do Rio de Janeiro

Moderna torre comercial instalada em área nobre do Rio de Janeiro, alugado para a Petrobras, tem fama de ser mal-assombrado. Ele foi erguido sobre o antigo edifício Andorinha, destruído por um terrível incêndio em 17 de fevereiro de 1986, que matou 21 pessoas....

Pois é assombrados, no Brasil também tem lugar assombrado, e muitos! Hoje trago para vocês as histórias assombradas envolvendo o Torre Almirante, moderno centro comercial de 36 andares, totalmente alugado pela Petrobras.

História do Local

Antes do moderno e arrojado Torre Almirante, existiu o edifício Andorinha, erguido em 1934 com 12 andares. Em 17 de fevereiro de 1986 um terrível incêndio atingiu o Andorinha e causou uma tragédia que matou 21 pessoas - sendo que duas se atiraram para morte pelas janelas - e deixou 50 feridos. Investigações mostraram que muitas das portas corta-incêndio estavam trancadas.

O que sobrou do edifício Andorinha foi destruído e no local foi construído o Torre Almirante, inaugurado em 2005. Encravado em uma área nobre do Centro do Rio, na Avenida Almirante Barroso, esquina com Avenida Graça Aranha. Com 36 andares, o edifício todo espelhado, alugado pela Petrobras, tem duas faces planas, cada qual voltada para uma das ruas.

Desde a inauguração, todos os andares são ocupados por diversas gerências da Petrobras, como Gás e Energia, Engenharia, Materiais e Segurança e Meio Ambiente e muitos dos 3.700 funcionários da estatal contam que desde a inauguração do Torre Almirante, são vistas e ouvidas assombrações, principalmente à noite.

Visão do Torre Almirante a partir do Google Street View
Algumas das Histórias Contadas

Renata Garcia, que foi trabalhar no Torre Almirante em março de 2010, conta que, como era nova na Petrobras, ninguém comentara sobre qualquer evento estranho. Ela também não sabia da história do Andorinha nem que ele tinha existido naquele local.

Eu não sabia de nada, não conhecia ninguém e ninguém me contou nada. E eu comecei a trabalhar normalmente - explicou a funcionária.

Logo no primeiro mês de trabalho, o computador dela não funcionava, desligando-se automaticamente.

- Não era uma ou duas vezes por dia. Eram dez vezes por dia que isso acontecia. E eu chamava a todo instante o pessoal da informática.

Renata chegou a trocar de computador três vezes em apenas dois meses. Usou o computador de um colega quando ele saiu de férias. Não adiantou. Um técnico disse que poderia ser um problema elétrico na baia de trabalho, porque não havia mais explicações para o problema. O eletricista checou tudo e não encontrou alterações. Renata trocou de lugar para usar outro computador, e o problema continuou acontecendo. O computador se desligava sozinho.

Foi quando alguns colegas de trabalho comentaram com Renata a tragédia do Andorinha. Ela decidiu, então, comprar essência de alfazema - que, dizem, afasta os maus espíritos e atrai energias boas -, uma pirâmide com pedras dentro e um cristal. Colocou tudo ao lado do computador.

Deu uma melhorada, mas os problemas não pararam totalmente. Já sabia que não era problema no computador. Teve um dia com muito o que fazer e eu não conseguia trabalhar. Aí resolvi falar com eles: “Acabou a palhaçada. Agora vocês vão me deixar trabalhar, eu não quero saber, acabou a brincadeira. Quero trabalhar, me deixem em paz”. E nunca mais meu computador, misteriosamente, deu problemas — garantiu Renata.

Ela ainda teve outra experiência estranha. Em junho de 2010, ficou trabalhando até tarde, sozinha com apenas outra colega. Por volta das 23h, as duas começaram ouvir o barulho de pessoas correndo. Levantaram-se das cadeiras, foram até o corredor e não viram viva alma.

Ficamos com medo e falamos que era um sinal para a gente parar de trabalhar - disse Renata.

Edifício Torre Almirante tem 120 metros de de altura
Tatiane Melo trabalha no 34º andar desde que sua gerência foi para lá, em 2006. Ela confirma que muitas pessoas comentam sobre fatos estranhos. Tatiane disse que ouve muitos comentários principalmente do pessoal da limpeza que fica sozinho à noite ou trabalha nos fins de semana, quando o prédio está vazio:

Acredito plenamente que há muitas almas por aqui. Escuto muitos ruídos, vejo vultos com frequência. Às vezes eu sinto alguma coisa próxima à minha mesa.

Ana Paula trabalha nos serviços de limpeza do edifício há alguns meses. Afirmou que ouve muitos barulhos estranhos, principalmente aos sábados, quando trabalha das 7h às 13h, com o prédio vazio:

Escuto barulhos que parecem passos andando. Um dia, eu vi um vulto e fiquei assustada. As meninas (colegas de trabalho) falam que veem também, mas nem ligam. Acho que esse prédio é mal-assombrado.

Ana Paula contou que seu marido é vigia do prédio à noite e também relata que, de vez em quando, ouve as portas de emergência batendo, escuta o barulho de passos e vê vultos.

Ele fica preocupado porque, afinal, é vigilante e tem medo de que seja algum bandido. Mas não é nada.

Outro vigia noturno carrega os mesmos relatos:

Não é em todos os andares. Mas é impressionante, tem vezes em que vários telefones tocam juntos de madrugada. Ficamos preocupados se é alguém invadindo. O mais impressionante foi escutar uma criança chorando, em 2005.

Vera Luz é funcionária antiga da Petrobras e está no Torre Almirante desde que a divisão de Gás e Energia se mudou para lá. Há alguns anos, como era substituta na gerência de sua divisão, muitas vezes trabalhava até tarde, 22h ou 23h. Começava a ouvir portas se abrindo e fechando, passos e, em algumas ocasiões, via um vulto passando. Ela chegou a pensar que era algum vigia da noite, mas, quando ia conferir, não via ninguém. Uma vez, quando estava trabalhando à noite, escutou o barulho da torneira da pia da copa aberta.

Uma vez , entrei em um dos elevadores vazios quando estava indo embora tarde da noite. Entrou uma gravação automática que pede para desocupar o elevador por estar com excesso de peso. E eu estava sozinha - lembra Vera.

Em outro momento, Vera estava trabalhando em sua mesa e sentiu como se alguém respirasse perto dela:

- Achei que era algum colega brincando, mas não havia ninguém. Uma vez, entrei no banheiro e uma porta bateu. Sempre depois das 20h essas portas de fuga batem. Escutam-se móveis se arrastando no andar de cima.

Vera passou a rezar quando presencia essas coisas.

Uma funcionária contou que lia um relatório à tarde. Quando levantou o olhar, viu uma pedra de vulcão à sua frente, com pontos vermelhos, como se pegasse fogo:

Quando o prédio foi inaugurado, muitos empregados não queriam vir trabalhar aqui. Tentei não entrar nessa paranoia. Nunca tinha visto nada até que, de um tempo para cá, comecei a ver alguns vultos. Uma vez eu falei: “Me deixa em paz que eu quero trabalhar”. Mas também já fiquei aqui até mais tarde e nada aconteceu.



fonte assombrado

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