"Falso padre" julgado em Braga por furto e burla

Casamentos do falso padre Agostinho são nulosUm "falso padre" detido em 2013 pela Polícia Judiciária começa a 19 de Março a ser julgado no Tribunal de Braga, acusado de furto de arte sacra numa igreja desta cidade e de burla ao respectivo capelão. 

Segundo a acusação, deduzida pelo Ministério Público, no somatório dos dois crimes está envolvido o valor de 14.700 euros. 

A acusação refere que Agostinho Caridade, de 41 anos e natural de Aguiar, Barcelos, promoveu um peditório público em vários locais de Braga, em 2012, para o alegado tratamento de um filho em Cuba. Apresentando-se como "maquinista da CP", foi conquistando a confiança de párocos e sacristãos, nomeadamente na Igreja de Senhora-a-Branca. 

Em Julho desse mesmo ano, pediu 7.200 euros emprestados ao reitor dessa igreja, que "condoído" lhe passou dois cheques, totalizando aquele valor. 

A 4 de Março de 2013, e também aproveitando a confiança conquistada junto dos responsáveis daquela igreja, conseguiu introduzir-se no templo e furtar duas imagens de arte sacra, um Menino Jesus no valor de 2.500 euros e uma Senhora da Rosa estimada em 5.000 euros. No dia seguinte, tentou vender as imagens numa casa da especialidade em Braga, mas a gerência desconfiou e chamou a polícia, mas Agostinho Caridade pôs-se em fuga, deixando as imagens no local. 

Em Maio, a Polícia Judiciária deteve-o, em Lisboa, apresentando-o como suspeito da prática dos crimes de furto de obras de arte e bens culturais religiosos, burla, falsificação de documentos e usurpação de funções. Ficou em prisão preventiva. 

A investigação da PJ começara com participações de furtos em igrejas em Lisboa. "Furtava imagens e coroas dos santos, cálices, salvas, crucifixos e obras de arte religiosas e vendia-as a estabelecimentos como antiquários, mas também a receptores do mercado paralelo". 

Segundo a Judiciária, o "falso padre" possui "vastos conhecimentos" e experiência na área eclesiástica. O homem presidiu a várias cerimónias religiosas um pouco por todo o país, incluindo um casamento na Sé de Braga.


Fonte Renascença

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