Advogado é condenado por forçar funcionários a participar de cultos

Advogado é condenado por forçar funcionários a participar de cultosDono de escritório de advocacia avisava que iria “tirar o capeta” dos empregados
A Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul condenou o Grupo Villela, empresa pertencente ao advogado Renan Lemos Villela, por discriminação religiosa. O Ministério Público do Trabalho havia recebido denúncias que o advogado forçava os empregados a participar de cultos evangélicos realizados na sede da empresa, uma vez por semana. Também afirmou publicamente que quem não acreditava em Jesus Cristo estava “endemoniado” e ainda que iria “tirar o capeta” dos empregados.
Segundo os termos da condenação, o Grupo Villela fica proibido de praticar “condutas que discriminem a crença religiosa dos atuais e futuros empregados”. Também não poderá exigir que os funcionários façam orações nem compareçam a reuniões religiosas e sessões de leitura da Bíblia sob qualquer motivo.
As determinações foram emitidas pela 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, assinadas pela juíza Luísa Rumi Steinbruch. Caso descumpra, o advogado terá de pagar uma multa de R$ 10 mil para cada caso verificado.
A Ação Civil Pública foi movida contra o advogado Villela e as empresas do Grupo que preside: Villela Advogados Associados, Villela Assessoria Empresarial, Villela Administradora Empresarial e RMV Assessoria Empresarial.
O processo de discriminação religiosa partiu dos empregados e foram confirmadas por meio de diligências. Os depoimentos tomados em audiências na Procuradoria Regional do Trabalho da 4ª Região mostram que os empregados alegaram sofrer “pressão psicológica em função da opção religiosa”. Estas práticas e as afirmações do advogado em relação a quem pensa diferente, segundo o Ministério Público, são abusivas e ferem a liberdade religiosa dos funcionários.
Com informações Consultor Jurídico
Via gospel prime

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