Papa Francisco condena ' bispos de aeroporto': ‘Somos chamados a ser pastores não de nós mesmos, mas do Senhor'

papa francisco volta romaPapa Francisco, atual líder da Igreja Católica, mais uma vez tenta disseminar a humildade entre os seus. Na quinta-feira (19), ao receber novos bispos no Vaticano, na Itália, ele disse a outros religiosos: “evitem o escândalo de serem 'bispos de aeroporto'. A declaração foi em referência às constantes viagens dos religiosos abandonando seu rebanho.

"Permanecer na diocese é um requisito indispensável não apenas para a boa organização, mas também para as raízes teológicas. Vocês estão casados com a comunidade, estão profundamente entrelaçados a ela”.
O pronunciamento foi feito em audiência que faz parte de encontro anual organizado pela Congregação dos Bispos e pela Congregação das Igrejas Orientais.
O pontífice pediu para que os bispos não tenham um posicionamento egoísta: “Que estas palavras sejam esculpidas em seus corações! Somos chamados a ser pastores não de nós mesmos, mas do Senhor, e não para servir a nós mesmos, mas para o rebanho que nos foi confiado”.
O argentino solicitou aos companheiros para dar bons exemplos e agir com austeridade: “Nós, pastores, não somos homens com ‘psicologia de príncipes’, vocês devem evitar cair no afã de carreira. Não apenas com palavras, mas acima de tudo com o testemunho concreto da nossa vida que somos professores e educadores de nosso povo. Devemos acolher com magnanimidade. Que seus corações sejam tão grandes que possam acomodar todos os homens e mulheres que cruzarem o seus caminhos”.
E concluiu: “Sejam pastores com cheiro de ovelhas, presentes em meio a seu povo como Jesus, o Bom Pastor. Não se fechem! Estejam entre os seus fiéis, incluindo nas periferias de suas dioceses e em todas as periferias existenciais, onde há sofrimento, solidão, degradação humana. A presença pastoral significa andar com o povo de Deus: à frente, apontando o caminho, no meio, para fortalecer a unidade, e atrás, de modo que ninguém é deixado para trás, mas, acima de tudo, para manter o cheiro que tem o povo de Deus para encontrar novos caminhos”, disse Francisco lembrando sempre de cuidar dos mais pobres e mais necessitados.
Especialistas entendem que os católicos querem reverter seu declínio, por meio do diálogo ecumênico, e não, propriamente, por um confronto direto com as várias ramificações do protestantismo. A atuação do papa eleito em 2013 parece sempre dar passos neste caminho.

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