Jornal diz que líderes cristãos estão alimentando o ódio contra judeus

Jornal diz que líderes cristãos estão alimentando o ódio contra judeusO Conselho Mundial de Igrejas é um órgão ecumênico que afirma representar 590 milhões de cristãos em todo o mundo. Com sede na Suíça, entre 22 e 28 de setembro realizou o evento “Semana Mundial pela Paz na Palestina e Israel”.
Segundo o jornalista Giulio Meotti do jornal israelense Arutz Sheva, sua intenção é alimentar o ódio contra os judeus, pois defende a partição de Jerusalém e, consequentemente, sua islamização.
O site do evento esclarece que se trata de “Uma semana de oração, educação e defesa para que os participantes ajudem a dar um fim à ocupação ilegal da Palestina, para que palestinos e israelenses possam finalmente viver em paz… Agora, mais de 45 anos desde a ocupação de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza… pela visão pacifista de uma terra, dois povos “.
Para Meotti, ao afirmar que o povo judeu “ocupou” o que historicamente é seu e parte da promessa de Deus a Abraão, essa organização cristã adota a visão de mundo islâmica, que deseja apagar os mais de 3.000 anos de história dos judeus em Jerusalém, Judeia e Samaria.
Novamente, surge o debate sobre a chamada “bacia sagrada”, que inclui as principais mesquitas islâmicas até o local onde Jesus foi crucificado e sepultado. Justamente quando há tentativas de extremistas muçulmanos de impedir o acesso dos judeus ao Monte do Templo.
O Arutz Sheva revela que dois anos atrás, o Conselho Mundial de Igrejas organizou uma conferência de quatro dias reunindo representantes luteranos, católicos, protestantes, ortodoxos e coptas. A conferência declarou que o Estado judeu é “um pecado” e “potência invasora”, acusando os israelenses de “desumanização” dos palestinos, argumentando teologicamente a “escolha divina” do povo judeu, conceitualmente rejeitando o Estado de Israel.
Este mês, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, encontrou-se com em Londres com o secretário de Estado americano, John Kerry, com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e também com Vincent Nichols, o influente líder católico inglês, arcebispo de Westminster.
Nichols referiu-se à região como “Estado da Palestina” ressaltando a importância de se “encontrar o mais rápido possível um caminho para a paz”. Quase ao mesmo tempo, a maior autoridade católica de Jerusalém, o arcebispo Fouad Twal, estava em Roma para a Conferência dos Bispos para a Região Árabe. Ele pediu que Israel “acabe com a ocupação, os muros e os postos de controle”. Já em Melbourne, na Austrália, o arcebispo Theodosios, do Patriarcado Ortodoxo Grego de Jerusalém, declarou seu apoio à divisão de Jerusalém como capital dos dois Estados.
Esse acúmulo de declarações em um curto espaço de tempo, faz líderes israelenses temerem pelo fim do apoio histórico dos cristãos a Israel. Entre as orações divulgadas pelo Conselho Mundial de Igrejas, uma foi redigida pelo pastor Hosam Naoum, Igreja Anglicana; pastor Ashraf Tannous, da Igreja Evangélica Luterana na Terra Santa, Charlie Abu Sa’da, Igreja Católica Melquita.
Entoada como um salmo ela pede “Oh, Senhor. Vem e vê as dificuldades e agonia desse povo… oramos por todos os palestinos, cujas casas foram demolidas e que foram expulsos de suas terras… Por aqueles que não têm a liberdade para alcançar os seus locais de culto [muçulmanos]… Por aqueles que não dão valor à vida e que protegem seus próprios interesses à custa do sofrimento dos outros [judeus], oremos que eles se arrependam e tenham uma vida de retidão e justiça”.
Embora Israel seja o país do Oriente Médio onda existe maior liberdade religiosa, o Arutz Sheva denuncia uma reformulação teológica em andamento. “Após o ‘Jesus ariano’, usado para justificar aos cristãos o Holocausto nazista, agora a vez do ‘Jesus da Palestina’, que pode ser usado como instrumento na guerra islâmica contra o Estado de Israel e os judeus”.
No final de sua longa matéria, o jornalista lembra os líderes cristãos globais que os mesmos argumentos historicamente usados pelos extremistas muçulmanos para liquidar os judeus também são usados contra o cristianismo.
Embora seja sabido que os conflitos entre judeus e palestinos sempre foram violentos e deixaram milhares de vítimas de ambos os lados, é de se estranhar que muitos desses líderes cristãos tenham se colocado de forma tão veemente a favor dos palestinos mesmo que isso os faça ficar contra os judeus, que já convivem nesse momento com a expectativa de uma nova intifada. Com informações de Israel National News e Oikoumene

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