Papa beatificará importante religioso do Opus Dei

O papa Francisco assinou nesta sexta-feira os decretos que reconhecem os milagres obtidos por intercessão do espanhol Álvaro del Portillo, primeiro sucessor de Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador do movimento conservador Opus Dei, e da freira espanhola madre Esperanza de Collevalenza.
Graças a este reconhecimento, os dois espanhóis serão beatificados pela Igreja, primeiro passo para chegar à canonização.
O pontífice também assinou o decreto que reconhece o segundo milagre atribuído ao papa polonês João Paulo II, abrindo caminho para que ele seja canonizado em poucos meses.
Além disso, Francisco aprovou a canonização do papa João XXIII, chamado de "papa bom" por seu carisma e humildade. João XXIII convocou o Concílio Vaticano II em 1959 e modernizou a igreja, na época afundada em uma grave crise.
Segundo informações do movimento, o milagre atribuído a Alvaro del Portillo é a cura instantânea em 2003 de um menino chileno, José Ignacio Ureta Wilson, ocorrida poucos dias depois de nascer após sofrer uma parada cardíaca de mais de meia hora e uma forte hemorragia.
Seus pais pediram com orações a Álvaro del Portillo pelo filho e, quando os médicos pensaram que o bebê estava morto, sem nenhum tratamento adicional e de modo totalmente inesperado o coração do recém-nascido começou a bater de novo, o que foi considerada uma cura milagrosa.
Álvaro del Portillo nasceu em Madri no dia 11 de março de 1914, era engenheiro, doutor em filosofia e letras e em direito canônico, e em 1935 se incorporou ao Opus Dei, convertendo-se no principal colaborador do fundador, Escrivá de Balaguer, também canonizado pela Igreja em 2002.
Sacerdote desde 1944, em 1975 assumiu o Opus Dei e faleceu em Roma em 1994.
O Opus Dei está presente em 65 países e conta atualmente com mais de 88.000 membros, a maioria laicos.
Também será beatificada a madre Esperanza Santomera de Collevalenza (María Josefa Alhama Valera) (1893-1983), que nasceu em uma família humilde de Santomera, em Cartagena, Espanha.
Ela começou a trabalhar muito jovem para uma família abastada e lá aprendeu suas primeiras letras. Aos 22 anos decidiu ingressar como freira em um convento de clausura.
Fundou a Congregação das Escravas e das Filhas do Amor Misericordioso, além do Santuário de Collevalenza, em Todi (Centro da Itália), onde "Madre Esperanza" passou boa parte de sua vida.
Um milagre foi reconhecido nesta sexta-feira pelo papa Francisco, o que possibilitará a sua proclamação como beata.

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