Inauguração de Igreja Católica Carismática gera polêmica em Sorocaba


Inauguração de Igreja Católica Carismática gera polêmica em SorocabaA inauguração de uma Igreja Católica Apostólica Carismática na cidade de Sorocaba fez com que o arcebispo da cidade enviasse uma nota para esclarecer seus fiéis que o novo templo não faz parte da Igreja Católica Apostólica Romana.
A Paróquia Bom Jesus é liderada pelo padre Renato Lima que não concordou com a manifestação negativa que o arcebispo fez sobre sua denominação. “Acho que ele está causando mais confusão falando isso, porque nós somos católicos também”, disse ele para o jornal Cruzeiro do Sul.
Pelas regras da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) nenhuma outra denominação pode usar “nomes, termos, símbolos e instituições próprios da Igreja Católica Apostólica Romana”. A regra válida desde 2011 serve para evitar confusões entre católicos.
É com medo dessas confusões que o dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues alertou a população da cidade sobre a diferença entre as igrejas lembrando que o parecer da CNBB deixa claro que tais igrejas não fazem parte da ICAR e que “todos os ritos e cerimônias religiosas por eles realizadas são ilícitos para os fiéis católicos”.
“Assim sendo, recomenda-se vivamente aos féis que não frequentem os edifícios onde eles se reúnem e nem colaborem ou participem de qualquer celebração promovida por esses grupos. Rezemos para que a unidade desejada por Jesus Cristo aconteça plenamente”, diz trecho do texto.
Mas para o padre da Igreja Católica Apostólica Carismática é inconstitucional proibir o uso das palavras “católico”. “Somos católicos também, portanto é normal usarmos este nome. Temos boa relação com padres de outras cidades, e de todos os lugares”, afirma o padre Lima.
“A diferença entre nós e os católicos romanos tradicionais é que os padres não são obrigados a serem celibatários. Podem casar caso queiram. Outra diferença é que realizamos casamento de segunda união, caso a pessoa seja divorciada. E também não somos diretamente subordinados ao papa, apesar de orarmos por ele, mas somos todos católicos”.

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